9 de dezembro de 2008

"Dormia tão sossegada" ( lá dizia o Jorge Palma)


Pois... deve ser a única altura em que ela lá vai sendo suportável!

27 de novembro de 2008

Quem tem telhados de vidro...

Acho sempre engraçadas aquelas pessoas que criticam toda a gente e se dão ao luxo de mandar comentários para o ar sempre que têm uma oportunidade, e quando sabem que nenhum dos presentes as vai criticar. São pessoas que, ao contrário daquelas, igualmente irritantes, que não conseguem ver além do seu umbigo, só olham para os outros, e nunca para elas mesmas. O reflexo no espelho é meramente uma imagem, não há nada para ver além disso. Essas pessoas normalmente acham-se perfeitas: lindas, esbeltas, inteligentes, donas da verdade e da moralidade. Infelizmente, a inteligência é algo que normalmente lhes falha, e se assim não fosse talvez lhes passasse a miopia crónica e vislumbrassem que nem tudo o resto (se é que alguma parte) é verdade.


Para ajudar a este pacote promocional, nada pior do que uma pessoa dessas escolher como alvo outra que considera mais fraca (vulgo, uma que não se defenderá da mesma forma que ela provavelmente faria). A diferença é que o alvo pode ter um pouco mais de moral, ou inteligência para perceber que há coisas pelas quais não vale a pena desprezar o bom senso e partir para a violência que às vezes elas incitam. Mais ainda, o alvo pode já ter já uma arma apontada ao telhado de vidro do vizinho, e estar apenas à espera do momento certo, quando o público ideal estiver a passar, para poder arrumar o assunto de uma vez por todas.


Espero que não tenhamos de nos encontrar por lá. Sinceramente, preferia que não nos encontrassemos de todo.


P.S.: Já agora, na minha terra cumprimentamos as pessoas quando as vemos pela primeira vez nesse dia. Felizmente, é algo que ainda não entrou em desuso entre as pessoas educadas.

20 de novembro de 2008

O que me (des)motiva

Há pessoas de que não gostamos. Pessoas que nos tiram a boa disposição e nos impedem de encarar o dia com um sorriso nos lábios. Pessoas que complicam tudo aquilo que fazemos e nos invadem o pensamento com ideias que nos deixam instáveis e com vontade de destruir tudo em volta. Pessoas que, se pudessemos apagar da face da Terra, tudo seria, provavelmente melhor. E inventamos formas de as fazer desaparecer, como por magia, e por momentos conseguimos fingir que tudo ficaria perfeito e ninguém daria pela falta delas, ninguém ficaria a perder. Mas, quando finalmente os pés assentam na terra, apercebemo-nos que somos impotentes e que, tal como há coisas que não podemos evitar, há pessoas que estarão sempre ali a tornar-nos, por vezes, a vida num inferno, e nada podemos fazer quanto a isso.

10 de setembro de 2008

Chega!

Bolas! Estou farta! Calem-se!! Não consigo pensar enquanto gritam e berram e riem e se divertem com coisas que não interessam a ninguém! Respeitem os outros se faz favor! Vão trabalhar para uma feira, se é isso que vos deixa felizes! Mas deixem os outros em paz! Não temos de vos aturar! Não temos de vos ouvir! Não temos de fingir que não nos incomodam, enfiar os auscultadores profundamente nos ouvidos e cantar baixinho para evitar o ruído que vocês provocam! Não temos que agir como se fossem inimputáveis ou deficientes mentais a quem tem de se perdoar "qualquer coisinha"! Estou farta disto, estou farta de vocês! Estou farta de engolir sapos e falar com um sorriso quando só me apetece desfazer-vos à estalada! Estou cansada de aguentar este peso por dentro em nome do respeito que vocês recusam ter! Estou farta de ter de interromper a minha vida para vos deixar entrar! Estou farta de fingir que tudo está em segundo plano menos vocês! Já chega!



(É isto que tantas vezes me apetece dizer sem rodeios. Lamentavelmente, ainda vou tendo o bom senso de, ao contrário do que outros fazem, evitar dizer certas coisas da boca para fora. E sim, desculpem lá "qualquer coisinha"...)

12 de agosto de 2008

Sentidos

Quem me dera as férias para poder imergir na minha música, nas músicas dos outros que me fazem voar, nesse mundo de sonho que por vezes me arrasta para longe de onde estou e me faz esquecer de onde venho. Essas melodias revelam sentimentos que desconheço e emoções que não quero nunca libertar. E quando me encontro no meu mundo fechado ao mundo dos outros, e a voz e os dedos tentam replicar esses sons que me fazem cintilar por dentro, a simples memória apaga as pequenas falhas que possam existir. E sou eu e essas melodias, eu e o meu mundo, a música e esse universo onde me encontro, onde sei que tudo o que me desfaça o sorriso desaparece e o coração volta a bater compassadamente, como um hino ao amor...







(Infelizmente o som não está muito bom, mas a versão de estúdio é lindíssima...)

1 de julho de 2008

Olh'á novidade fresquinha!!

Nem tudo pode ser mau ;) Ando muito cansada porque a Câmara e a Junta de Freguesia decidiram que o parque à porta de minha casa era o sítio ideal para meter uma feira com música todos os dias até de madrugada. Mas, por outro lado, há coisas que vão correndo bem.


Muitos não sabem, mas desde há muitos anos que sou absolutamente doida por música. Canto há muito tempo, cheguei a compor umas musiquitas com a ajuda de uma amiga minha que sabia tocar órgão e ainda participei numa banda de Viseu que, com os seus míseros 6 temas originais, chegou a entrar num concurso de bandas e a ter um tema num cd que eu nunca cheguei a ver. Desde há 2 ou 3 anos que procuro uma banda, mas tenho consciência das minhas limitações e ainda não encontrei um projecto que pudesse ingressar. Felizmente, alguns dos meus amigos músicos (les artistes!) e o meu maridinho começaram a dar-me nas orelhas e a aconselhar-me acerca de coisas que podia fazer. E eis o meu plano de World Domination!!


Comprei um teclado MIDI. Ou melhor, o meu maridão deu-me um. Para quem não sabe, é um teclado que não toca. Não tem colunas, liga-se por USB a um computador (por exemplo) e todo o processamento de som é feito através de um programa dedicado à composição e/ou gravação audio. Nesse programa pode definir-se o instrumento que se está a tocar no teclado, seja voz, teclas, sopros, cordas, percussão ou até mesmo efeitos sonoros. Cada pista é gravada em separado como se de instrumentos reais se tratasse. Ora, para se conseguir fazer alguma coisa de jeito tem de se saber tocar. Eu tenho um teclado no quarto em Viseu, mas engane-se quem achar que sou pro. Longe disso. Sempre dei uns toques, mas nunca aprendi. Mesmo assim, estou muito contente. Vou tocando umas coisinhas e vou aprender depressa (já me conheço para saber que tenho a persistência, mesmo na falta do talento). Espero em breve ter um myspace com uma musiquinha ou duas, e nessa altura vou querer as vossas opiniões!


E finalmente, o cartoon da semana, que o Diogo diz que demonstra bem como funcionamos em casal xD E eu não discordo!


PVP Online

20 de junho de 2008

Pequenas coisas

Estou triste. Entre cansaço acumulado desde o fim da lua de mel e algumas desilusões que entretanto apareceram, estou um bocado sem energia. Tenho planos que me poderiam animar, se me visse a conseguir concretizá-los. E tanto que preciso disso, já há anos. E tenho andado cheia de energia, muito animada, ansiosa a magicar como vou fazer todas essas coisas novas que vão pela minha cabeça. Mas hoje... Hoje até isso me parece pesado, só por causa daquilo que não sei e vou ter de aprender, e também aquilo em que vou ter de investir. São gastos que valem a pena, mas não sei se os posso fazer. Há muita coisa a pensar agora. Tenho de pensar noutros futuros além do meu. E por outro lado gostava de, por uma vez, fazer algo para mim. Só mesmo para variar um bocadinho. Abdiquei de imensas coisas pela vida fora em prol dos outros, ou para não prejudicar os outros. O facto de as coisas que quero fazer me assustarem ao mesmo tempo que me animam também não ajudou à história. Mas acho que também faz parte. E agora meti na cabeça que quero mesmo fazer isto. É importante para mim. Faz-me falta. E tenho todo o apoio moral de que sempre precisei e nunca tive. Falta o resto...


Se não fossem essas pequenas coisas... essas minúsculas desilusões que conseguem deitar por terra todo o ânimo que estes planos me dão. Quero aguentar-me mais um pouco, só até conseguir aquilo de que preciso. O resto, venha o que vier, será fácil de tratar.

1 de maio de 2008

Hoje é feriadoooo!!!


Pois, e eu estou a trabalhar! Mas não faz mal, amanhã estou de folga, enquanto todos os outros (pelo menos os que não meteram um dia de férias) suam nas suas secretárias, frente a um monitor cintilante.


Mas estou para aqui dizer que amanhã não faço nenhum e não é bem verdade. Nem pouco mais ou menos!!! Amanhã vai ser mais um daqueles dias. É o último fim de semana que vamos a Viseu antes do casamento e há muita coisa para tratar. De repente sinto-me como uma tia trintona que, enquanto o marido trabalha, faz compras e percorre os centros de estética da cidade. E como eu detesto estar no centro... Mas pronto, tem de ser, acima de tudo porque quero que seja perfeito!

Portanto, resumindo... Tenho de me levantar cedinho (considerando que tenho uma data de horas de sono em atraso e ainda vamos hoje à noite para cima) para tomar o belo do duche e ir a correr para a cabeleireira para cortar o cabelo e combinar como o vamos domar para o casamento (sim, domar é a expressão certa!!). Depois, algures no tempo há-de chegar a minha madrinha de baptismo (que por tradição acabou por se tornar também de casamento, para alegria de muitos lares) que me vai encher de beijos e lágrimas (está feliz, tadinha, mas como gosto muito dela não faz mal) e depois vai comigo fazer a última prova do vestido. E aí é que a porca torce o rabo... Eu não quantos de vocês (ou quantas) já passaram por algo assim, mas em provas, coisa que não há é privacidade. Pensava eu, da última vez, que chegava lá, entrava para o cubículo com o vestido (de costuras feitas ainda com teia de aranha, aparentemente), vestia-me com todos os cuidados e saía cá para fora p fazer os arranjos. Mas não!!! Acabei por estar ali entre 2 costureiras e a minha mãe, limitada à minha roupinha interior (e nem levei uma gira lol), só porque o vestido tinha de ser posto com ajuda para não estragar nada. Tive basicamente que bloquear o meu lado tímido e convencer-me que tinha de ser e elas estariam habituadas... E pronto, desta vez além de estarem lá as costureiras e a minha mãe, vai ainda aparecer a minha madrinha. Pior, vou ter de levar a lingerie que vou usar no casamento para acertar o decote. Ou seja, vou-me sentir duplamente violada. Para me vingar, vou de boxers! Céus... Entretanto, o noivo e o futuro sogro, 2 génios da conversação (ou seja, tímidos comó caraças) vão sozinhos tratar do fato do noivo que, aposto, nem está ainda começado.

Depois deste momento crítico, voltamos as três para casa para almoçar. O padre também se vai juntar a nós, por isso vai ser uma refeição com boa conversa, mas pouca diversão (a menos que o padre volte a entornar vinho e fique vermelho que nem um pimento). Depois do almoço, conversa com o padre, que vai fazer o inquérito do costume ao noivo para ver se tem feito os TPC's e provavelmente para garantir que sabe no que se está a meter. Acabada a conversa, toca a correr para a quinta onde vai ser o copo de água para falar com os proprietários e com o responsável pelo cattering, para combinar tudo aquilo que ainda falta (disposição, pratos, cores, distribuição de convidados, animação, alojamento de quem, onde e por quanto tempo) e tentar negociar a ver se as coisas ficam um bocadinho melhores para o nosso lado (maldita inflacção!).

Acabada esta tormenta, voltamos a correr para casa para tentar entrar no WoW a tempo do único raid que podemos fazer na guild actual, o que significa pedir mil perdões aos papás por não jantar à mesa com eles. Ainda vou considerar esta última... E com isto (espero eu) termina o último dia infernal antes do casamento. No sábado, a menos que o tempo fique mau outra vez, vamos passear para o norte, almoçar em Sernancelhe e ver as vistas. E no domingo voltamos para baixo, a contar os troquinhos na esperança que o dinheiro chegue para a gasolina.

Por um lado, estou morta que o casamento passe para voltar a ter fins de semana pacatos!! Mas já sei que depois de passar não volto a ter outro e não devo querer apressar as coisas... Mas caramba!! Paz e sossego se faz favor!!

P.S.: qualquer pessoa envolvida nesta história, só para que não fiquem dúvidas no ar, é e continua a ser muito especial. Isto é só para explicar a confusão que toda esta agitação faz na minha cabeça! Por esta altura, a minha vida (quase) dava um filme indiano!...

18 de abril de 2008

Então e tremoços?

Está um dos tempos mais psicadélicos que me lembro de ter visto. As núvens passam bêbedas a 200 à hora, tanto está sol como chove torrencialmente. E isso estraga-me "ligeiramente" os planos! Quer dizer, andámos a aturar um sol abrasador em dias de trabalho, em que só apetecia cerveja e tremoços numa bela esplanada. Agora que o fim de semana está finalmente aqui... chove!!! Já dizia o meu pai que quando o circo vem à cidade o tempo fica mau. Culpo os Cirque du Soleil portanto...


Mas quer dizer... Não é suposto podermos aproveitar o fim de semana para fazer todas as coisas que não há tempo para fazer durante a semana? Seja passear, vegetar c um copo na mão e atrás de uns belos óculos de sol, fazer aquelas compras na baixa que não se pode fazer em mais lado nenhum. É que se está mau tempo, e quando digo mau tempo falo em rios de lama a descer as ruas, passear está fora de questão. O copo ia ficar cheio de água e o look primaveril ia estar completamente démodé. E andar na baixa, ou de galochas ou de barbatanas!!


Fico triste quando numa 6ª feira à tarde começo a visualizar um fim de semana inteiro fechada em casa. Ok, posso ir de carro onde quer que seja... Mas isso já eu faço o resto dos dias!!! O São Pedro ou está a gozar connosco ou é fã de rotinas. Também posso meter uma cobertura na minha varanda 2x2m, enfiar lá uma cadeira e vegetar com cerveja e tremoços... Mas depois não teria espaço para meter uma mesa com uma tacinha para as cascas!!


Que vontade de ter o solinho da Barra a bater-me na cara numa esplanada junto ao farol. Que saudades das matilhas de cães que não largavam os transeuntes e as motas e se coçavam para cima dos tenis de quem passava. Quem cá dera outra vez o verão, e as tardes sem nada para fazer!! Saudades da vida de estudante e de todos os tremoços e da cerveja que não bebi!

26 de fevereiro de 2008

Actualização (ou aquilo que ando para aqui a fazer enquanto não falo com ninguém nem escrevo nada neste blog)

Isto é giro! Acabo de escrever um post no meu blog inglês e fico com o bichinho de escrever neste, para todos os que o conhecem e podem ter saudades (AHAHAHAH que piada fixe!!!) daquilo que por vezes meto aqui. Sinceramente não sei o que vai sair, mas se ficar muito mau apago e espero mais uns meses até voltar a tentar


Como alguns devem saber, tenho andado atarefadita a tratar de assuntos fofos e outros não tão agradáveis. Daqui a menos de 3 meses (já começámos a fase do countdown) vamos dar o nó, e entretanto temos milhentas coisas para tratar. A pergunta que me fazem mais é se ando ansiosa. O engraçado é que... não! Nada! Estou felicíssima, descontraída e a tentar planear tudo com calma para ser o melhor possível! É uma fase muito boa, cada passo na preparação do dia permite imaginar mais um bocadinho como ele vai ser. E o contacto com outros na mesma situação ensina-me que o depois vai continuar a ser muito bom. Os problemas vão sempre existir, mas havendo vontade vão-se sempre resolver.


Por isso, nada de ansiedades, nem dúvidas, nem medos, nem vontade de me enfiar num buraquito. Estou positivamente ansiosa porque sei que tudo vai ser muito bom embora nunca possa ser perfeito.


Fora isso... vou fazendo o meu trabalhito, lutando avidamente contra a soneira generalizada (aceito sugestões para dormir que nem uma pedra, nem que seja uma vez por semana). Este fim de semana que passou foi muito diferente do normal, tal como o que aí vem. No próximo sábado vou voltar à terrinha onde morei tantos aninhos e onde conheci tanta gente. Infelizmente, muitos não vão lá estar, o que me deixa tristonha. Mas outros estarão e por isso fico muito contente. E esses, coitados, vão ter de aguentar as saudades que tenho e que era suposto distribuir por todos. Mas vou tentar conter-me....


Para finalizar... nunca fui ao restaurante onde vamos nesse almoço, mas adorei a localização... "Seguir o cheiro a perfume rasco". Parece-me bem!


Até lá!