11 de junho de 2009

Olh'á Bolacha!

Este era suposto ser o nome do tópico anterior, mas deu-me para divagar e acabei por decidir que não era muito apropriado... Pois, tenho muitas saudades das férias e da praia e das noitadas e da parvoice toda que com os amigos parece tão melhor do que a serenidade do dia a dia.


Anyway, ando a passar uma fase gira. Não sei se é para quebrar a rotina, para compensar outras coisas que não posso fazer, ou apenas porque sim, mas ando armada em doceira. Quer dizer, vou andando. Há tempos comprei uma maquineta para derreter chocolate e reuni N moldes com formas variadas (entre corações, peixes, conchas e outras coisas mais abstractas) e pus-m a fazer chocolatinhos e bombons. Depois apercebi-me que o timing não podia ter sido pior, uma vez que o médico do meu marido lhe fez um belo ralhete por causa de ter o colesterol alto, e chocolate e colesterol combinam bem demais, para nossa desgraça. E pronto, parei completamente o meu rampage chocolateiro. Agora, não sei como nem porquê, deu-me para fazer bolacha americana. Com formas e sabores variados, e já com planos para fazer uma data de coisas diferentes, fazer cones de gelado e cobri-los d chocolate por dentro (tipo os dos cornetos da Olá), ou belgas (com e sem chocolate). É giro ter um passatempo destes, distrai um pouco das desgraças do dia a dia. Por outro lado, cá por dentro, pergunto-me "porquê??", eu que nunca fui de passar grande tempo na cozinha, eu que gosto de tanta coisa diferente, porque me deu agora esta pancada de fazer doces e docinhos, bolos e bolinhos?


Mas pronto. Ao menos tenho a bela da bolacha americana para ir matando as saudades da praia. Espero que a seguir não me dê para fazer bolas de berlim, para completar o pacote!

(Mais) Saudades

Saudades do Verão e da praia. Mais ainda, saudades das férias do tempo de escola, que começavam cedo e quando acabavam tinham sido tão bem aproveitadas que já queríamos voltar à escola e rever os amigos. Agora estamos fechados num escritório a olhar lá para fora pela janela, quando há uma, enquanto sonhamos com uma esplanada, cerveja e tremoços, à beira mar com os tais amigos que, nesse preciso momento, estão provavelmente na mesma situação, e a pensar o mesmo.


Saudades de não ter de contar os dias de férias como quem conta os tostões para comprar aquele berlinde ou um pacote de pastilhas. Saudades de estar fora da rotina que todos os dias se repete, e que nem um fim de semana consegue atenuar. Saudades de poder acordar de manhã e fazer planos para esse dia, e acabar o dia e saber que todos saíram furados mas as horas foram bem passadas, e amanhã ter-se-á à mesma oportunidade, mais uma vez. Saudades dos tempos em que as responsabilidades eram poucas e não tinhamos de ser adultos só porque o mundo assim o exige, em que não tinhamos horas para deitar, apesar de haver aulas de manhã. Saudades de poder arriscar um pouco a ficar dormente o dia inteiro, sem prejudicar com isso o meu trabalho.


E agora, enquanto olho lá para fora, vejo a cidade mexer, e eu aqui, fechada, a vê-la palpitar, sonhando com a esplanada à beira mar, ali tão perto, do outro lado do bairro.